segunda-feira, 26 de abril de 2010
O que você sabe sobre orgasmo feminino?
Semana passada recebi um e-mail de uma amiga querida. O texto, além de expressar carinho e atenção, trazia um parágrafo que foi decisivo para a escolha do tema deste artigo:
...”Sabe de uma coisa... tava precisando de uma consulta... rrsrsr. Vc tem algum texto bom que fala de orgasmo feminino? Na verdade, mais que orgasmo, queria saber sobre gozo, ejaculação feminina. Me manda alguma coisa?”...
Sei que ainda hoje essas dúvidas são comuns, então, resolvi aproveitar o mote para tentar ajudar não somente uma amiga, mas, mulheres e porque não homens, pelo Brasil a fora.
O assunto é amplo e controverso. Para não tomar muito tempo dos leitores, escreverei pequenos artigos que irão se complementando. Fiquem à vontade para perguntar, comentar, contar experiências...
De acordo com a Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH), não conseguir “chegar lá” é uma dificuldade que 20% das mulheres apresentam. Mas afinal, quem é ele? Esse tal de orgasmo, tão perseguido, desejado e adorado?
O orgasmo é o ponto máximo de excitação que homens e mulheres atingem durante a relação sexual. Apesar das sensações prazerosas sentidas na região pélvica (nádegas, coxas, genitais), o orgasmo acontece mesmo é na cabeça e dura de dois a dez segundos!
Existem no cérebro, regiões chamadas centros de prazer. São concentrações de células nervosas responsáveis pela sensação prazerosa. Chegar ao orgasmo é como receber uma descarga elétrica nesses núcleos. Daí os tremores, a boca seca, a indescritível sensação de relaxamento que comumente sentimos pós-orgasmo.
Há mais de 100 anos, Freud divulgou em sua teoria que as mulheres podiam apresentar dois tipos de orgasmos: o vaginal e o clitoriano. Ele acreditava que somente mulheres maduras e experientes eram capazes de ter orgasmo vaginal.
Atualmente, nós, estudiosos da sexualidade humana, seguimos a tese de Masters e Johnson, um casal de pesquisadores americanos que na década de 60, concluiu que orgasmo vaginal e clitoriano não se diferenciam: as sensações provocadas pelo ápice do prazer começam no clitóris e terminam com as contrações dos músculos vaginais.
Mas, por que algumas mulheres não sentem ou têm dificuldade de chegar ao “paraíso”?
Anorgasmia é o nome técnico dessa disfunção sexual. Na maioria das vezes, não conseguir chegar ao clímax é um problema de fundo psicológico.
A maioria de nós, mulheres, foi educada para enxergar o sexo como algo perigoso, proibido, até mesmo asqueroso. Aí a gente cresce e, de repente, o discurso muda: Sexo é ótimo! Sexo maravilhoso...
Como relaxar e sentir prazer quando nos pegamos fazendo algo que aprendemos que era para não fazer? O que fazer com a culpa e a vergonha que condicionamos a ter de nosso corpo e de nossa sexualidade.
Atentem para a equação: culpa + vergonha – relaxamento = anorgasmia.
E a “primeira vez”? Será que ela conta? Claro! Se a mulher sentiu dor, o parceiro foi pouco carinhoso ou até agressivo, se o local não era muito apropriado, o que acabou gerando tensão... Essas e outras situações comuns na primeira relação sexual das mulheres interferem negativamente na sexualidade, o que pode gerar dificuldades de sentir orgasmos em relações sexuais posteriores.
Agora, imagine: Se uma mulher, que estava com o parceiro que escolheu e ainda assim sentiu dor ou desconforto na “hora H”, pode desenvolver anorgasmia, pense naquela que sofreu abuso sexual... Comumente, mulheres que foram abusadas sexualmente na infância, adolescência ou mesmo na fase adulta, desenvolvem não só dificuldades de atingir o orgasmo, como também incapacidade de sentir prazer.
Além da educação sexual, ou melhor, da deseducação sexual como costumo dizer, da primeira relação ter sido uma experiência positiva ou negativa e do abuso sexual, uma série de outros pontos podem ser pensados quando o tema é o orgasmo da mulher.
Tem mulher que sente orgasmo e nem sabe que sentiu. Sim! É verdade! A intensidade dos orgasmos varia de pessoa para pessoa e também pode variar de uma relação para outra. Algumas mulheres têm orgasmos pouco intensos e não classificam aquela sensação como um orgasmo.
Acredito que a mídia interfere neste aspecto. Como? A indústria pornográfica é uma das mais rentáveis do mundo! E hoje ainda temos a internet, onde podemos encontrar vídeos e filmes pornôs gratuitos.
A mulher compara seus orgasmos a orgasmos de uma personagem de filme pornográfico, dificilmente vai acreditar que aquilo que ela sente é orgasmo de verdade. Mulheres! É filme é filme! E atrizes interpretam!
E os orgasmos múltiplos? Existe isso?
Sim, existe! Mas nem todas as mulheres conseguem! Não depende de treino, experiência ou maturidade. É do organismo de cada uma. O que provavelmente ocorre é que essas mulheres têm vários pequenos orgasmos consecutivos, só que de menor intensidade. A grande maioria das mulheres, contudo, chega ao orgasmo uma única vez por relação.
Ok, meninas (e meninos, espero)! No próximo artigo falarei sobre a interferência da idade, dos hormônios... Sobre alguns mitos como o de “chegar ao orgasmo junto” e por outras cositas mas...
Abraços e até lá!
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sexóloga Juiz de Fora
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Capital Erótico: invista já no seu!
Provavelmente, você já ouviu falar de capital de giro, capital cultural, capital econômico, capital humano, capital social, mas, você sabe o que é Capital Erótico? Capital Erótico é um conjunto de qualidades que alguns homens e mulheres apresentam e que pode ser garantia de sucesso em diversos mercados, tais como trabalho, política, mídia, esportes e é claro, relacionamento amoroso.
O estudo foi desenvolvido pela socióloga londrina Catherine Hakim. Ela afirma que há algum tempo sociólogos, economistas, administradores e outros especialistas perceberam a relevância desse Capital. Mas, por acreditarem que as mulheres seriam beneficiadas por esta teoria, ela foi completamente abandonada e esquecida. Porém, Hakim defende que, considerando que as sociedades modernas apresentam-se cada vez mais individualizadas e sexualizadas, é imprescindível que ambos os sexos desenvolvam as habilidades definidoras do Capital Erótico. Dependendo do ramo de atividade em que a pessoa trabalha, o Capital Erótico pode ser uma “arma” mais importante que o Capital Cultural, Social ou até mesmo o Capital Econômico. Por isso, os visionários que investem nesse conjunto de talentos saem na frente sim!
São seis os elementos que definem o Capital Erótico de uma pessoa. A beleza, apesar de variar de acordo com a cultura e com a época, é considerada por Hakim como o elemento principal do conjunto.
Será que personalidades como Carolina Dieckman, Tiago Lacerda, Ana Hickman, Reinaldo Gianecchini, Taís Araújo e milhares de outras beldades de sucesso espalhadas pelo mundo a fora, teriam oportunidade de demonstrar outros dons se não tivessem sido generosamente presenteados por Afrodite, a deusa da beleza?
Mas a beleza, apesar de ser considerada o elemento central do Capital Erótico, não é o único (graças a Deus!). A atratividade sexual (relacionada às atitudes, à personalidade, independente da beleza), as habilidades sociais (capacidade de encantamento, de deixar as pessoas à vontade), a vivacidade (energia, bom humor), o estilo (roupas, penteados, perfumes, acessórios...) e a própria sexualidade (criatividade erótica), são os outros elementos que homens e mulheres devem apresentar para serem considerados ricos desse Capital.
Pedro* tem 31 anos e trabalha como vendedor numa empresa de departamentos. Sua queixa era que, apesar de ser um ótimo profissional, não conseguia atingir suas metas e estava receoso em perder seu emprego. Segundo ele um colega, que mais parecia o Brad Pitt, era o líder em vendas todos os meses. “Como eu, que não sou nenhum modelo, vou competir com um cara desses?” – perguntou angustiado.
Fizemos um levantamento de suas “qualidades eróticas”. Pedro não percebia, mas, era uma pessoa encantadora: educado, simpático e tinha o dom de deixar o outro muito à vontade. Quando falava, era capaz de prender a atenção do ouvinte. “Você já percebeu isso?” – perguntei. “Não”! – respondeu com espanto. A partir daí, começamos a treinar Pedro a utilizar suas “habilidades eróticas” com seus clientes.
Em três meses, pela primeira vez em um ano e meio de empresa, Pedro bateu as vendas do colega “bonitão”. Além de aprender a usar seu dom no trabalho, Pedro recebeu dicas simples que também deram uma forcinha: mudou o corte de cabelo, mudou a colônia (a que usava era muito forte), educou seu tom de voz e a velocidade de sua fala. Assim, Pedro investiu fortemente em um dos elementos do Capital Erótico: a habilidade de encantar pessoas.
O exemplo acima ilustra o que a Teoria do Capital Erótico defende: nos dias atuais não há como negar que Beleza, Atratividade Sexual, Vivacidade, Habilidades Sociais, Estilo e Sexualidade são trunfos que são utilizados nos mais diferentes mercados. Até quando negaremos isso? Administradores, executivos, vendedores, pessoas em geral podem e devem investir em Capital Erótico. Através dele é possível aumentar as chances de sucesso no mercado profissional e de relacionamentos.
Algum (a) vendedor (a) já fez com que se sentisse tão bem durante aqueles minutos de negociação que, apesar de não ser “bem aquilo” que queria, acabou levando? Você já “ficou” com alguém que, mesmo não sendo lindo (a), lhe fora completamente irresistível? Isto é Capital Erótico. Por que não investir no seu?
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